A Espiã que Sabia de Menos

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Ontem (15) tive a oportunidade de ir ao cinema e assistir a comédia “A Espiã Que Sabia de Menos”, estrelado por Melissa McCarthy. O filme estreou há duas semanas nos cinemas brasileiros e até então não tinha me despertado interesse de assisti-lo. Este é o terceiro filme do diretor Paul Feig com a atriz Melissa McCarthy, após “Missão Madrinha de Casamento” (2011) e “As Bem-Armadas” (2013), que fez ao lado de Sandra Bullock. Contudo, resolvi dar uma moralzinha para a atriz, apesar de ainda não ter assistido nenhum filme protagonizado por ela.
Em “A Espiã Que Sabia de Menos”, McCarthy interpreta a agente Susan Cooper, que trabalha como analista de base da CIA. Rebaixada do cargo mais elitizado da empresa de investigação, Cooper monitora as ações de outro agente, Bradley Fine (Jude Law), por quem nutre extrema admiração e uma paixão platônica. Por uma escuta, Fine obedece aos comandos de Cooper, que o assessora e faz com que todas as suas missões sejam bem sucedidas.

 - Ah, fala sério, né? Já pensou se todo o trabalho dos agentes federais fossem assim? Seria moleza e qualquer um poderia se tornar um caçador de terroristas. Mas, ok, tudo bem, vamos voltar ao filme.

Cooper é morta de apaixonada pelo agente Fine.

Até que em uma missão, Fine se vê cercado pela terrorista Raina Boyanov (Rose Bryne), uma búlgara que tem por finalidade vender uma bomba nuclear para outro terrorista, Solsa Dudaev (Richard Brake), com a intermediação de outro vilão, De Luca (Bobby Carnnavale), uma espécie de mafioso no melhor estilo italiano, que faz pinta de galã e anda pra cima e pra baixo com uma bengala. Raina é sedutora, usa roupas coladas e não sai do salto alto para nada. Os cabelos vivem peteados sob forte ação de um laquê que nem depois da cena mais violenta de ação é capaz de mover um fio sequer. Esse produto e poderoso. Queremos.

Os looks da terrorista Raina são bem descolados. Os cabelos, impecáveis.

Raina mata Fine [não é spoiler] e parte o coração da agente Cooper, que a partir de então decide vingar a morte do seu grande amor. Desesperados com o desfecho da missão, a CIA reúne seus melhores agentes para encontrar uma forma de localizar Raina, que havia sumido do mapa. Um desses agentes, o boca suja Rick Ford (Jason Statham), não aceita as condições da chefona da CIA, Elaine Crocker (Allison Janney), que envia Cooper para resolver toda a situação.
Cooper, na verdade, é uma agente bem habilidosa. Apesar de estar muito acima do peso, ela é ágil e desenvolta. Durante seu treinamento inicial para se tornar um integrante da CIA, ela foi orientada por Fine, que apesar de reconhecer suas habilidades, a aconselhou a ficar monitorando outros agentes por uma escuta.

- É nessa hora bem aí que percebemos uma pitada machista e gordofóbica. Por ela ser mulher e, convenhamos, um pouco acima do peso, Fine descartou qualquer hipótese de Cooper sair em missão e perseguir bandidos. Resultado: ela passou dez anos trancafiada numa sala cheia de morcegos e ratos orientado agentes em suas missões.

Assumindo a identidade de agente da CIA, Cooper sai em busca de Raina e é aí que toda a comédia do filme se desenrola. Os disfarces de Cooper são hilários. É um pior que o outro. Ela faz a tia gorda que se veste como hippie e vai turistar em Paris, a velha que cuida de dez gatos e usa camisa de gatos, até se transformar em uma diva, rainha, poderosa, chefona da máfia que usa um vestido preto para lá de requequé que só diminui a cintura, mas deixa os quadris mais largos que o Oceano Pacífico.

As falsas identidades da agente Cooper arrancam muitas gargalhadas.

Uma coisa é importante salientar: Cooper evolui muito durante o filme. No começo, ela é apenas uma mulher tímida, sonhadora, que vive apaixonada pelos músculos definidos e olhos sedutivos de Jude Law, mas ao sair em missão, ela revela ser uma mulher forte, meio machona, senhora da razão e que fala muito palavrão (nessa parte bem aqui ela praticamente imita as atitudes de Statham, que faz um humor meio forçado, mas que em sintonia com McCarthy até que passa de supetão).
Cooper também tem uma amiga, que é da CIA, e arranca muitas gargalhadas do público. Seu nome é Nancy (Miranda Hart). Ela, na verdade, faz aquela linha de mulher alta, meio lesada, tipo o Salsicha, do desenho “Scooby Doo”. Uma das cenas mais hilárias acontece quando Nancy diz que quando sair em missão vai adotar a alcunha “Suely Poltergeist”. É de se lavar de rir.

Em missão, a agente Cooper não brinca em serviço. 

Assisti o filme dublado. Então, pude perceber algumas semelhanças com a realidade brasileira. Por exemplo, o filme é recheado de expressões comumente usadas na internet, como “Eita, Giovana!”, “Segura esse forninho”, “Kátia Cega”, “Só que não”, “Chupa essa uva” e outros tantos. Achei essa dinâmica bem interessante, pois deixa a atração próxima do expectador, principalmente do internauta.

“A Espiã Que Sabia de Menos” já deve estar próximo de sair de cartaz, mas super recomendo você, leitor do blog O Mistério das Raposas, que curte uma boa comédia, para assistir. É leve, apesar dos muitos palavrões, e tem um desenrolar muito previsível, mas atrativo. Desde o início do filme você consegue perceber como ele vai terminar, mas mesmo assim, ele não deixa de ser interessante. Para falar a verdade, é um dos poucos filmes que assisti nesse gênero e que não tive a vontade de sair da sala de cinema. 

 Cooper evolui durante o filme. De meiga e tímida, transforma-se numa mulher cheia do girl power. 

Italo Stauffenberg

Estudante de Jornalismo

Seis estudantes de Jornalismo compartilham informações sobre cinema, moda, saúde, beleza, comportamento, lazer, teatro, baladas, música, esportes e polêmicas. Todo o conteúdo publicado no blog O Mistério das Raposas é de autoria dos [futuros] jornalistas Arlan Azevedo, Eula Paula Belfort, Ingrid Cutrim, Italo Stauffenberg, Marcele Costa e Papito Lucas. Agradecemos a sua visita. Curta, comente e compartilhe. Volte sempre!

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